Após já termos realizados algumas viagens, vamos começar a
postar sobre elas, mas isso nos faz primeiramente contar um pouco sobre onde
estamos morando. Vamos deixar a parte da história da cidade um pouco pra
depois, a qual queremos ir contando aos poucos.
Koblenz é uma cidade relativamente pequena. O trânsito vira
um caos às 18hrs quando a maioria dos expedientes acaba. O trânsito fica tão
caótico que um trajeto que leva 15 min em um horário normal, no horário do rush
tu leva 20 min (é esse é o trânsito máximo aqui hahahahaha).
Um dos acessos ao rio Reno |
Vista do rio depois que atravessa o acesso acima |
A cidade em si é muito limpa e muito organizada (padrão
alemão). Koblenz é uma cidade ótima para quem é acostumado com Porto Alegre,
porque ela não tem praia, mas tem rio (dois, ainda por cima) tem estádio de
futebol (um time azul e um vermelho) e muitas praças e parques.
Uma rua qualquer em Koblenz... |
Uma coisa que notamos e já estamos aderindo aqui, é que
quando o sol resolve aparecer, os shoppings, academias e pubs ficam vazios
durante o dia, tudo porque não se pode perder a chance de aproveitar o calor,
já que o sol forte dura um mês, talvez dois. E é isso que fazemos quando tem
sol, nada de ir para academia, pegamos as bicicletas e saímos para pedalar na
beira do rio, comemos sorvete, tomamos chimarrão e rimos das coisas estranhas
que presenciamos.
Uma vez passamos por uma praça cheia de crianças brincando
peladas na água (nessa praça tem tipo aqueles regadores de grama que ficam
esguichando água pra tudo que é lado) estava a maior festa. Claro, não há nada
de errado com isso afinal são crianças. Nada de errado, se não estivesse 20
graus na rua como estava, a Rita estava de casaco e as crianças peladas. A água
que as crianças brincam é quente, mas mesmo assim o vento que tinha na rua
daria para pegar uma gripe fácil. Foi assim que nós começamos a perceber que
quando tem sol, os alemães estão aproveitando.
Cena comum de ver nas tardes de sol são pessoas
“lagarteando” no gramado na beira do rio Reno, igual no Sul do Brasil, claro
que com algumas diferenças de hábitos. Aqui agente nota que bastante gente
leva mini churrasqueiras portáteis (que
eu acho até que são descartáveis) para o gramado e fazem o seu “Bratwurst” que
é churrasco de linguiça (um salchipão com grife). Tem pessoas que levam aqueles narguilé para
fumar alguma coisa que tem um cheiro doce e enjoativo e que nem deve dar um “barato”. Agora todos eles com o seu fardinho
de “long neck” (cada um com o seu) do
lado e bebendo aquilo já quente. Lógico que alguns goles depois surgem vontades
malucas (em alguns) de pular no rio para nadar, ainda mais com o “calorão” de
19 Graus.
Slack line e Frisbee (disquinho verde) |
Alemoada lagarteando... |
Falando em churrasco, logo que chegamos fomos convidados
para um churrasco (uma iniciativa muito legal para socializar com as pessoas na
universidade professores, secretárias, alunos, alunos visitantes..). A ideia
era que cada um levasse alguma coisa para contribuir, a Rita pensou em levar
batatas para fazer a salada de maionese (churrasco tem que ter salada de
batata). Até aí tudo bem, tirando o fato de que fomos ao churrasco e as batatas
não contribuíram com nada (inclusive ficaram lá sem dono e querendo um
voluntário para ficar com elas). O churrasco alemão é linguiças no meio de um
pão com algum catchup, mostarda ou maionese. Foi um choque, mas é bem
gostoso...é bem o nosso salchipão, como podem observar na foto.
Bratwurst: Salchipão com grife |
Aqui em Koblenz também tem ciclovia para tudo que é lado, e
onde tem ciclovia tem bikes. Agente nota aqui que a metade das pessoas que
andam de bicicleta são idosos, mas idosos mesmo. Como a cidade é praticamente
toda plana, pequena, cheia de ciclovias e os carros respeitam muito os
ciclistas, ela é muito convidativa a pedalar. Eu e a Rita fazemos tudo de bicicleta
aqui, exceto ir para as aulas. Nós estamos aos poucos nos acostumando com o
jeito europeu de andar de bicicleta, eu ainda atravesso a rua em qualquer
lugar, ando na contra-mão, ando fora da ciclovia e atravesso a rua com o sinal
fechado para as bicicletas. Qualquer coisa eu grito “yo soy argentino” e torro
o filme deles rsrsrsrsrsrsrsrs.
Atravessando a rua na ilegalidade... |
As pessoas que eu conheço que são de outros países da Europa falam que nunca viram isso e também contam que no seu país, se não tiver carro perto eles atravessam a rua mesmo com o sinal fechado para o pedestre. Nós vimos isso na Itália e na Holanda, as pessoas atravessam se não estiver vindo carro, mas aqui não, e nós estamos dançando conforme a música deles porque afinal, nós que somos os convidados e temos que respeitar o dono da casa. Isso com certeza deixa o trânsito mais seguro para os pedestres, mas também mais lento, porque um trajeto aqui de casa até o shopping que leva 15 min caminhando, com as sinaleiras pode levar 25min. Agora tudo isso cai por água, quando estamos atrasados ou está chovendo, porque ai não tem essa de esperar sinal abrir, não tem “querer” ser alemão, se não tiver carro agente atravessa, porque aí a pressa fala mais alto e a pressa é inimiga da perfeição.
Nos próximos posts vamos contar mais um pouco do dia-a-dia em Koblenz - o que eles fazem nas horas vagas e nos dias quentes- também da parte turística de Koblenz e nossas viagens pela Europa..
A propósito, aproveitamos para avisar que tentaremos manter a frequência dos posts todo sábado ou máximo domingo, exceto quando estivermos viajando :)
Adorei o dia-a-dia da Rita e do Fill em Koblenz! Adorei o banho das crianças no chafariz (a Rita de casaco como sempre! Imagina no inverno!! hahaha) Destaque para o salchipão com grife!! Muitoo boa!
ResponderExcluirVocês são um exemplo de estrangeiros! Achei linda a colocação de que vocês são "visitas". =D
Saudades demais!!
Beijoss